“Gordinho” não é sinônimo de saudável
Considerada uma doença dos tempos modernos, a obesidade não
é apenas a forma de má nutrição mais frequente no ser humano. O mesmo acontece
com os gatos, uma vez que aproximadamente 25 a 40% da população felina pode ser
considerada obesa. A obesidade ocorre devido a uma alteração no balanço
energético. Quando a ingestão calórica (alimento) é maior do que o gasto energético
(consumo de energia para sobrevivência associado à atividade física), o excesso
ingerido é automaticamente estocado no corpo na forma de gordura.
Gatos menos sedentários
No passado (antes da domesticação) os gatos viviam livres na
natureza e não desenvolviam obesidade, pois gastavam muita energia caçando.
Para se obter uma única refeição, em média, um gato realizava aproximadamente
15 investidas na sua caça. Ao longo do dia, um gato necessita de 6 a 7
refeições para suprir suas necessidades, o que totalizam aproximadamente 100
investidas.
Assim, a energia proveniente do alimento ingerido era suficiente apenas para a sua sobrevivência. Diferentemente do que ocorre nos dias de hoje, os gatos raramente ou quase nunca caçam. O alimento geralmente fica à sua disposição o dia todo, e em locais de fácil acesso. Além disso, as rações são altamente palatáveis (saborosas), fato este que estimula os gatos a comerem ainda mais.
Assim, a energia proveniente do alimento ingerido era suficiente apenas para a sua sobrevivência. Diferentemente do que ocorre nos dias de hoje, os gatos raramente ou quase nunca caçam. O alimento geralmente fica à sua disposição o dia todo, e em locais de fácil acesso. Além disso, as rações são altamente palatáveis (saborosas), fato este que estimula os gatos a comerem ainda mais.
“Gordinho” não é sinônimo de saudável
A obesidade é uma doença grave, que predispõe ao
desenvolvimento de outras doenças, tais como diabetes, problemas de pele,
lipidose hepática, doença oral, doenças do trato urinário e lesões articulares
e ortopédicas. Os gatos obesos adoecem com mais frequência que os gatos não
obesos, o que leva a uma redução na qualidade de vida. Sabe-se também que
animais obesos vivem menos que animais com peso ideal. Aproximadamente 34% dos
gatos diabéticos obesos ou com sobrepeso deixariam de ser diabéticos se
perdessem peso.
A idade é outro fator que pode influenciar
significativamente no ganho de peso. Conforme os gatos ficam mais idosos a
necessidade energética vai diminuindo, ou seja, quanto maior a idade menor é a
quantidade de alimento que deve ser ingerida para manter o peso constante –
isso ocorre a partir do segundo ano de vida até aproximadamente o décimo
primeiro. Geralmente, a partir do décimo segundo ano de vida, os felinos tendem
a perder peso, pois há um menor aproveitamento do alimento pelo seu sistema
digestório.
Cuidado ao castrar o gato
A castração também predispõe à obesidade (gatos castrados
apresentam maior incidência de obesidade em comparação com os não castrados).
Após a castração, o médico veterinário deve orientar o dono do felino sobre
qual o alimento e, principalmente, a quantidade ideal a ser ingerida. Levar o
gatinho ao consultório veterinário mensalmente após a castração também é uma
medida importante, pois será possível identificar precocemente o ganho de peso,
e iniciar uma dieta com restrição calórica.
Avaliar se um gato apresenta condição corporal ideal, se
está acima do peso, obeso ou subnutrido não parece ser tarefa difícil num
primeiro momento. Entretanto, existem métodos científicos para se diagnosticar
a obesidade e também para quantificá-la. São considerados obesos os animais cujo
peso corporal está 15% acima do peso ideal ou ainda que possuam a porcentagem
de gordura corpórea acima de 25%. A medição da porcentagem de gordura corpórea
é realizada pelo próprio médico veterinário.
Dieta médica
Atualmente existem no mercado rações desenvolvidas
exclusivamente para o tratamento da obesidade. Vale lembrar que a dieta com
restrição calórica deve ser sempre realizada sob a orientação do médico
veterinário, clínico geral ou ainda do profissional especializado em
endocrinologia.
Pratica esportiva para os gatinhos
A atividade física também faz parte do tratamento para
redução de peso. As brincadeiras devem ser estimuladas várias vezes ao dia.
Além disso, as atividades aquáticas (embora possam parecer de difícil execução
quando comparado aos cães) podem ser prescritas visto que promovem menor
impacto sobre as articulações que já sofrem com o excesso de peso.
Os felinos que já foram obesos devem receber um cuidado
especial. Na maioria das vezes, eles continuam comendo rações com calorias
reduzidas (ração terapêutica para manutenção do peso ou ração light) e em
quantidade determinada pelo médico veterinário. É importante salientar que se o
paciente comer rações hipocalóricas em quantidade não controlada (ração à
vontade) provavelmente irá ganhar peso.
Os donos de felinos que tenham dúvidas quanto à condição
corpórea do seu gatinho ou ainda dúvidas com relação ao manejo alimentar devem
sempre consultar o médico veterinário. Uma orientação adequada certamente
poderá prevenir o desenvolvimento da obesidade.
Depois do tratamento
Fonte : Cuidadounico.com.br