A adoção de gatos pretos.. cuidados especiais , não só no Halloween e na Sexta Feira 13 ... mas sempre ... Forever ...Cat...Black
A adoção de gatos pretos é sempre mais difÃcil, eles sofrem
muita rejeição por conta de mitos e preconceitos criados contra eles. Mas tem
épocas em que as pessoas querem muito “adotar” apenas gatos pretos. Nesses
perÃodos, especificamente, o objetivo é sacrificá-los em rituais de magia, em
geral de forma cruel e dolorosa.
No dia 31 de Outubro comemora-se Halloween , e também não podemos esquecer das Sextas-Feira 13 são dias especialmente perigoso
para os gatos pretos, vÃtimas preferenciais da data. Por isso, protetores fazem
um apelo: se você tem uma gatinho preto para doar, redobre os cuidados nesses
dias. De preferência, não doe.
Algumas dicas podem
ajudar a descobrir a intenção do adotante:
- Quando alguém ligar para adotar, diga que
o gato está esterilizado. Os gatos nessa situação não servem para muitos
rituais.
- Deixe escapar que o gato tem alguma manchinha branca no corpo e
veja a reação da pessoa. Se ela o quer para alguma magia, ele também não
servirá e ela desistirá da “adoção”.
- Vá até a casa do adotante e observe cuidadosamente tudo. Faça
adotante assinar um termo de adoção responsável e diga que você faz questão de
fazer visitas regulares no perÃodo de adaptação, que pode durar até três meses.
- Se possÃvel, evite entregar o gato antes das sextas-feiras 13 ou
31 de outubro, Dia das Bruxas.
- Diante de qualquer dúvida, não doe.
Origens do mito
“A história de vida do gato preto é impressionante. Adorado
por uns, sacrificado por outros, o gato preto sobreviveu a tudo apenas para
reclamar o lugar que mais gosta de ocupar: um lugar quente, junto à janela.
As superstições acerca dos gatos nasceram desde cedo. Um dos
primeiros povos a atribuir uma aura mÃstica ao gato foram os egÃpcios que o
idolatravam, tendo mesmo um Deus com a sua forma fÃsica, Bast. Em honra desta
divindade, os egÃpcios mantinham gatos pretos em casa e davam-lhes honras
reservadas a faraós, mumificando-os depois de mortos.
Mas foi na Idade Média que o gato viu a sua sorte mudar.
Apesar de prestarem um importante serviço ao homem, caçando os ratos que eram
considerados uma praga, a verdade é que havia uma legião de gatos vadios que
faziam das cidades o seu território. A superpopulação terá sido o primeiro
motivo pelo qual o gato deixou de cair em graça para passar a cair em desgraça.
A Idade Média ficou marcada pela superstição, bruxaria e
febre religiosa. O gato, como animal independente e solitário, captou a atenção
tanto de pagãos como cristãos.
No paganismo, o gato representa sabedoria e proteção, mas na
magia negra, o gato preto macho personifica o diabo. No tarot, no baralho de
Rider Waite , a Rainha de Paus é representada com um gato preto aos seus pés,
significando energia instintiva, mas domesticada.
O gato é um animal que caça durante a noite e era na Idade
Média acolhido por pessoas solitárias. Os gatos vadios eram os animais de
estimação de mendigos e pobres, o que não abonou em relação à imagem do gato.
Os olhos penetrantes que iluminam as noites contribuÃram provavelmente para a
catalogação do gato como espÃrito demonÃaco. A cor preta era a cor das trevas e
do mal, o que tornou os gatos desta pelagem os mais perseguidos pelos cristão e
inquisidores. A sua associação às práticas pagãs, apenas provocou um maior
distanciamento entre os cristãos e o gato. O facto de o gato ser muitas vezes
sacrificado em rituais pagãos tornou-o num sÃmbolo a combater.
Depressa começaram a surgir histórias que ligavam os gatos Ã
bruxaria. Reza a lenda que por volta de 1560, em Linconshire, filho e pai foram
assuntados por um gato preto que lhes cruzou à frente. O animal mancava e tinha
vários arranhões e dirigiu-se para a casa de uma mulher que os habitantes da
região suspeitavam que fosse bruxa. No dia seguinte, a mulher apareceu com uma
ligadura no braço e tinha passado a mancar.
Outra história relatada conta que um agricultor cortou a
orelha de um gato durante a noite. O homem acreditava que o gato estava
assombrando a sua propriedade. No dia seguinte, o agricultor regressou ao local
e encontrou parte da orelha de um humano.
Na Alemanha, as histórias sobre a
dualidade bruxa/gato preto são comuns. Uma mulher após ter sido acusada de
bruxaria e condenada à fogueira, transformou-se em gato preto enquanto ardia.
Foi assim que surgiu o mito de que as bruxas se transformam em gatos pretos
durante a noite. É foi também desta forma que se encontrou justificação para
perseguir estes animais.
Em paralelo com as lendas surgem também outros fatos
históricos que na altura serviam de base de sustentação a muitas superstições.
O Rei Carlos I de Inglaterra tinha um gato preto. O monarca acreditava que o
seu gato lhe trazia sorte. Coincidência ou não, o gato morreu um dia antes de o
Carlos I ter sido preso por Oliver Crommwell. O monarca foi acusado de traição
e mais tarde decapitado.
Surpreendentemente, o gato preto sobreviveu a décadas, se
não séculos de perseguição. A sua pelagem negra, pela qual era perseguido, era
também uma vantagem quando caçava à noite, fundindo-se com a escuridão. Naquele
tempo, não faltava alimento para os gatos, uma vez que os ratos abundavam pelas
cidades e campos.
Pela altura do Renascimento, a Igreja Católica tinha já
abrandado a caça aos hereges. Esta foi uma boa notÃcia para o gato por duas
razões: por um lado os cristãos tinham conseguido reduzir a prática do
sacrifÃcio de animais, e em particular dos gatos com pelagem preta e por outro,
deixaram de ser perseguidos pelos próprios cristãos.
Mas, da Idade Média resistiram as superstições profundamente
enraizadas na cultura popular. Apesar de em alguns paÃses ser mais comum
associar o gato preto a um mau presságio, são várias as superstições que lhe
são favoráveis em outros.
Fonte : Site Bicho de Rua.
Gato preto: sorte de quem tem um